Tem tempos que não escrevo

os demônios quem em mim fazem morada

decretaram greve em função da minha incessante busca por paz.

nada tem sido tão difícil ao ponto de me fazer escrever para entender.

há em mim um estranho as de compreensão silenciosa

que ao passo que me furta o palavrar

coloca-me para pensar.

ajo, mas não mais por impulso.

a certeza do efeito dominó no degringolar dos fatos

me trazem alguma prudência.

a pressa já não é o que movimenta os meus desejos:

direção é mais importante que velocidade.

em meus devaneios frutíferos

saboreio com vagar o que a vida vem me presentear.

toda a minha paixão paulatinamente vem adquirindo força

e hoje me joga à frente, ao próximo passo para dentro de mim.

muito do que buscava no ao redor, ironicamente estava o tempo todo muito bem guardado.

e como no ápice de um êxtase solitário

meus olhos virados me descortinassem um paraíso outrora desconhecido

que com prazer hoje chamo de Tehúli.